A busca pela juventude eterna sempre foi um desejo das pessoas. Vencer a morte é um dos maiores desafios do Homem, principalmente no âmbito da Medicina. Na literatura, muitos escritores revelaram-se criativos, explorando o tema, como Irving Wallace (no livro “O Elixir da Longa Vida”), Harold Robbins (em “Os Pervertidos”) e J. K. Rowling (na saga de Harry Potter).
Uma lenda urbana alega que Johann Conrad Dippel (o Frankenstein da vida real) teria produzido o elixir da longa vida. Diz-se que Paracelso morreu afirmando ter descoberto o famoso elixir, a poção que conserva a juventude e faz viver para sempre (uma contradição, já que ele morreu). O Conde de Saint-Germain é outro que teria bebido das fórmula mágica (muitos afirmam que ele não envelhecia e algumas pessoas diziam tê-lo conhecido em épocas diferentes da História).
Entre todos esses célebres personagens, um merece destaque especial. Trata-se de Nicolau Flamel, alquimista francês, que não só teria descoberto o elixir da longa vida, mas deixou um manual de como fabricá-lo.
É sobre esse manual que este post vai falar. Chama-se “Testamento de Nicolau Flamel” ou “Breviário de Nicolau Flamel”. A partir de um livro perdido, da autoria de Abraão, o Judeu, Flamel teria descoberto a fórmula do elixir e, após 21 anos de estudos e pesquisas, teria fabricado a poção. O “Breviário” explica detalhadamente como fabricar o elixir. A obra está dividida em partes como “Teoria”, “Prática”, “Giro da Roda” e formas de usar o elixir e de fabricar o pó de projeção a partir dele.
Para nós, modernos, realmente é difícil entender o texto, pois ele usa termos alquímicos. Como os alquimistas usavam muita simbologia e tinham uma linguagem própria, é necessário estudar um pouco de alquimia para entender melhor o manual de Flamel. O “Breviário” é minucioso e, talvez, realmente, contenha uma fórmula poderosa – uma fórmula medicinal destinada a curar doenças e prolongar a vida.
Dizem que Flamel enriqueceu rapidamente, pois teria produzido ouro a partir de outros metais (principalmente, a partir do mercúrio e do enxofre). Com seu dinheiro, teria financiado construções religiosas e ajudado os pobres. Fala-se também que ele nunca morreu – nem ele, nem sua esposa Perenelle. O túmulo de ambos foi encontrado vazio anos depois de sua suposta morte…
Flamel escreveu outras obras que podem ajudar a entender melhor o “Breviário”: ” O Livro das Figuras Hieroglíficas” e o “Sumário Filosófico”.
Nos tempos atuais, em que o uso do ouro e da prata no campo medicinal voltam a se reafirmar (principalmente através do ouro e prata coloidais), vale a pena rever os ensinamentos de Nicolau Flamel.
Independente da veracidade ou não de suas teorias, o “Breviário” é uma leitura interessante para quem gosta de curiosidades e mistérios. Segue em anexo o “Breviário” em português e “O Livro das Figuras Hieroglíficas” em espanhol (ambos em PDF). el-libro-de-las-figuras-jeroglificas-flamelo-breviario-nicolas-flamel
Se algum dia eu descobrir como Flamel o elixir da longa vida, eu abrirei um hospital e selecionarei os pacientes que nele forem ser tratados, de modo a no futuro ter uma sociedade de imortais de bom senso e que poderão junto comigo vir a constituir um mundo em que todo ser que vier a nascer nele mereça viver.
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Uma boa decisão, Aristides! Um mundo melhor é o que todos nós precisamos.
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